Muitas mulheres passam a gestação sem fazer esse exame, mas o popularmente conhecido como “teste do cotonete” é um exame importante e que deveria fazer parte do pré-natal de todas.

A pesquisa do Streptococcus B é realizado por volta da 36ª semana de gestação para identificar se uma bactéria está presente na vagina e/ou no reto da gestante. A estimativa é que entre 20 a 40% das gestantes estejam colonizadas por essa bactéria.

E por que fazer esse exame?

Se houver colonização e não for realizado antibiótico intraparto, existe um risco de contaminar o recém-nascido, com possibilidade de evolução até para uma sepse neonatal. O índice de contaminação da bactéria para os bebês com a utilização de profilaxia é de 0,3 a 0,4 casos a cada mil nascidos vivos.

Embora o risco seja extremamente pequeno, a contaminação pode fazer com que o recém-nascido tenha mais risco de desenvolver meningite e quadros graves de infecção generalizada, que podem levar até a morte.

Nos casos em que o teste é positivo para essa bactéria, é administrado um antibiótico endovenoso quando a paciente está em trabalho de parto ou caso ela tenha apresentado rotura da bolsa das águas.

O exame é incômodo? Dói?

Pode ser um pouco incômodo pela localização da coleta, mas é algo simples e rápido. É passado o swab (semelhante a um cotonete), que é introduzido na entrada da vagina e um outro no reto (1 cm acima do ânus) para pesquisar se há a bactéria.

Se der positivo, impede o parto normal?

O teste positivo não impede em nada o parto normal, só é recomendado que seja administrado o antibiótico antes do nascimento do bebê.

E se for cesárea, preciso fazer o antibiótico?

Nos casos de pesquisa positiva e a via de parto for cesárea, o antibiótico deve ser realizado somente se a gestante estiver em trabalho de parto e/ou a bolsa tiver rompido.

E se eu não fiz o exame ou entrei em trabalho de parto antes do resultado sair?

Nesses casos, normalmente a conduta é administrar o antibiótico para prevenção de infecção se houver qualquer fator de risco (por exemplo: ruptura de membranas com duração maior de 18 horas).

Sou obrigada a fazer esse exame?

Não é. Mas, se não fizer, o protocolo a ser seguido será o de pesquisa desconhecida, ou seja, será realizado antibiótico mediante a presença de um fator de risco. Se a gestante não quiser tomar o antibiótico, terá de assinar um termo onde mostra estar ciente dos riscos para o bebê.


Você sabia da existência desse exame? Fez durante o seu pré-natal?